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MANEJO DOS INVASORES NA CULTURA DA SOJA
7 janeiro 2019O plantio na nova safra que iniciou em setembro ocorreu em tempo recorde em todo o país e as perspectivas para o desenvolvimento das lavouras de soja são muito otimistas. Em algumas regiões do país, as lavouras já se encontram em pleno desenvolvimento vegetativo e próximo do início do ciclo reprodutivo da cultura, período onde se inicia as detecções dos percevejos fitófagos e posteriormente da mosca-branca.
Mas, há de se ficar atento, afinal, nos últimos anos, tivemos um grande aumento na produção mundial de alimentos. Impulsionado por novas tecnologias, avanços científicos e por ter todas as estações do ano bem definidas, o Brasil vem se firmando como protagonista desse crescimento. Em algumas regiões do país, cultiva-se até três safras anuais e, a cultura da soja é responsável pela maior parte da produção de grãos do país como estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), serão cultivados até 36,1 milhões de hectares da oleaginosa no ciclo 2018/19.
O aumento da área plantada, a intensificação dos cultivos durante todo o ano, a ponte verde que se forma entre as culturas subsequentes e a disponibilidade de plantas hospedeiras e alimentos quase que ininterruptos favorecem a multiplicação de pragas polífagas.
Nas últimas safras, são recorrentes as reclamações dos sojicultores em relação ao aumento das infestações e danos das pragas nas lavouras de soja. Dentre as pragas que mais ocorrem e causam danos na cultura, podemos citar os percevejos e a mosca-branca.
As primeiras populações de percevejos são identificadas ainda na metade da fase vegetativa da cultura e posteriormente se multiplicam rapidamente podendo chegar até três gerações ao longo do ciclo da soja. As principais espécies que ocorrem nessa cultura são: o Euschistus heros e o Piezodorus guildinii, estes podem representar mais de 80 % dos percevejos fitófagos que ocorrem na soja. Eles se alimentam de hastes, vagens em formação, grãos e sementes em pré e pós-colheita. Quando ocorre na fase de formação de grãos as perdas podem alcançar cerca de 30% da produção, já quando o mesmo ocorre em grãos já formados em pré ou pós-colheita os prejuízos podem ser maiores e até inviabilizar sua utilização como sementes.
A mosca-branca, Bemisia tabaci biótipo b, é outra praga se beneficia do sistema intensificado de produção brasileiro. Por ser um inseto polífago, pode se reproduzir nas principais culturas cultivadas do país inclusive, em plantas daninhas. É um inseto sugador, que se alimenta da seiva das plantas e durante a sucção dos nutrientes pode introduzir agentes tóxicos nas plantas que podem causar mal desenvolvimento das mesmas e afetar a produção. Também, ao se alimentar, excreta uma solução açucarada que beneficia a reprodução de fungos, causando a “fumagina”. Doença essa que reduz a taxa fotossintética das plantas favorece a queda precoce das folhas e consequentemente, causa grandes perdas produtivas. Além disso, esta praga pode transmitir viroses e causar grandes danos às culturas subsequentes, principalmente ao feijão, para o qual transmite o vírus do mosaico dourado e do mosaico anão.
Para qualquer que seja o vetor, a base para um bom manejo integrado de pragas é o monitoramento frequente, feito por pessoas bem treinadas que possam realizar a correta identificação dos insetos, bem como suas fases de desenvolvimento. O ideal, é que um talhão seja vistoriado no mínimo uma vez por semana. Através do monitoramento das pragas, os produtores identificam os níveis de danos econômicos e realizam a intervenções necessárias para o controle das mesmas.
O Sperto é um inseticida multiculturas, com formulação, combinação e balanço único de ativos, que proporciona efeito de knock-down, ou seja, o efeito de choque, rápida paralisação do inseto, no controle de percevejos adultos e com residual para o controle de ninfas. Como possui um amplo espectro de controle, age também no combate à mosca-branca. Além disso, não causa desequilíbrio a população de ácaros. Sperto é uma inovação da UPL que proporciona facilidade ao homem do campo no combate às pragas e proporciona um melhor manejo de resistência dos insetos aos inseticidas.
Recomenda-se realizar no máximo duas aplicações de Sperto ao longo do ciclo da cultura da soja, e fazer rotação com inseticidas que possuam diferentes mecanismos de ação, evitando-se a o aparecimento de populações resistentes.
Fonte: UPL