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Arroz contribui para alta na inflação dos alimentos em dezembro, aponta IBGE

29 dezembro 2020

A alta, porém, ocorre em um momento em que o setor produtivo já registra queda nos preços do arroz com expectativas pela chegada da nova safra e a fraca demanda nas últimas semanas com indústrias abastecidas e menores temores de escassez do produto. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãosinteiros, com pagamento à vista, fechou na terça-feira a R$ 94,13 a saca de 50 kg. Neste ano, o recorde do Indicador foi de R$ 106,34/saca em meados de outubro. Ainda assim, os preços seguem altos ao consumidor final. Apesar das recentes oscilações de baixa nas cotações do mercado interno, os patamares de preço nos últimos meses garantiram melhores margens de lucro aos rizicultores no Brasil, após anos amargando perdas e até migração para outras culturas. “Esse cenário melhorou as perspectivas de um setor que viu nos últimos anos diversos rizicultores migrarem de atividade”, destacou em entrevista Angelo Maronezzi, engenheiro agrônomo e diretor da Agro Norte Pesquisa e Sementes. A Agro Norte Pesquisa e Sementes desenvolve e comercializa desde 1994 novas cultivares de arroz, feijão, soja convencional e outros grãos, além de tecnologias e sistemas de produção para os agricultores. A alta de alimentação e bebidas em dezembro deve-se, principalmente, segundo o IBGE, aos alimentos para consumo em domicílio (2,57%). E, além dos itens já mencionados, os preços da batata-inglesa (17,96%) e do óleo de soja (7,00%) também subiram, embora tenham desacelerado frente ao mês anterior, quando as altas foram de 33,37% e 14,85%, respectivamente. Nas quedas, os destaques foram o tomate (-4,68%), o alho (-2,49%) e o leite longa vida (-0,74%). A alimentação fora do domicílio passou de 0,87% em novembro para 0,58% em dezembro, principalmente com queda do lanche (- 0,11%), cujos preços haviam subido 1,92% no mês anterior. Já a refeição foi em sentido contrário, com alta de 0,86%. O grupo alimentação e bebidas encerra o ano com alta acumulada de 14,36%, segundo o IBGE. Fonte: Notícias Agrícolas