Notícia

CONAB AGORA PREVÊ NOVO RECORDE NA SAFRA BRASILEIRA DE MILHO

18 maio 2020

Representando agora menos de um quarto da produção nacional do grão, a primeira safra de milho do corrente exercício sofreu redução de 2,5% – devida, principalmente, às quebras registradas no Rio Grande do Sul – e, pelos últimos levantamentos da CONAB, não foi muito além dos 25 milhões de toneladas. Mas – mesmo prevendo que a eventual falta de chuvas em maio corrente poderá afetar a produtividade esperada – a CONAB estima que a segunda safra tende a um crescimento superior a 3,5%, com o que ficaria próxima dos 76 milhões de toneladas. Mas não só. Há uma terceira safra, prevista em perto de 1,2 milhão de toneladas, proveniente de novas fronteiras agrícolas localizadas nos estados de Pernambuco, Roraima e na região já batizada de SEALBA, abrangendo Sergipe, Alagoas e Bahia – todas apresentando um calendário produtivo semelhante ao do Hemisfério Norte. E, assim, a produção brasileira de 2020 pode ultrapassar os 102 milhões de toneladas, superando em cerca de 2% o recorde de pouco mais de 100 milhões de toneladas da safra passada. Em relação ao consumo interno, a CONAB reviu para baixo suas projeções anteriores. Previa algo próximo dos 70,5 milhões de toneladas e agora estima cerca de 2 milhões de toneladas a menos. Toma como base para isso leve queda na demanda do milho destinado à produção de etanol mas, principalmente, um aumento de apenas 1% na produção de aves e suínos (nas projeções anteriores o previsto era um aumento de produção entre 4% e 5%, agora revisto em função da Covid-19). Isto considerado, restarão para exportação e formação de um estoque final ao redor de 45,6 milhões de toneladas de milho, 12% menos que no ano passado. Mas embora considere que as exportações do grão possam aumentar (em decorrência, sobretudo, do câmbio , historicamente mais elevado), a CONAB estima que as vendas externas recuarão mais de 15% em relação a 2019, ficando em torno dos 34,5 milhões de toneladas. Com isso, o estoque final girará em torno dos 11 milhões de toneladas, mantendo-se, praticamente, no mesmo nível do estoque inicial do corrente exercício , com apenas 200 mil toneladas a mais.

Fonte: AviSite