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Curiosidades sobre os cinco gigantes da hortifruticultura

10 março 2021

Com o propósito de discutir temas atuais do mercado agrícola, seus principais desafios e oportunidades, o Agro em Debate, iniciativa idealizada e realizada pela Agrivalle, reunirá ao longo dos próximos meses ciclos de palestras e debates técnicos transmitidos online e ao vivo pelo canal oficial da empresa no Youtube, apresentando as melhores ferramentas, tecnologias e soluções inovadoras para auxiliar os produtores a produzirem cada vez mais e com melhor qualidade.

A edição de fevereiro, realizada no dia 24, contou com a presença de importantes nomes do setor, como Gabriel Vicente Bitencourt de Almeida, chefe da seção do centro de qualidade hortigranjeira da CEAGESP . Durante o debate, Gabriel trouxe dados do mercado dos cinco gigantes do segmento de HF que vem crescendo e consolidando-se cada dia mais como protagonistas da mesa dos brasileiros.

Com foco no atacadista, Bitencourt conta que cebola, cenoura, alho, tomate e batata, estão entre os cinco produtos mais importantes em valor de comercialização das Ceasas brasileiras: “Nós temos o privilégio de termos todos os produtos de HF em um sistema similar ao HUB, pois contamos com centros de distribuição e varejistas que se abastecem e dependem dos Ceasas. Hoje, podemos dizer que temos no país três grandes redes, que constituem 30% do mercado e, os demais, 70% é espaço correspondente aos varejistas, que dependem dos Ceasa para funcionar”, explica ele.

Segundo a CONAB/PROHORT, no ano de 2019 foram comercializados cerca de seis milhões de toneladas de frutas, hortaliças e flores, o que corresponde a um total de R$15,6 bilhões em comercialização. “Destes produtos, o mais comercializado é a batata que no ano de 2020 chegou a ultrapassar a marca de 1 milhão de toneladas produzidas no ano, em segundo lugar está o tomate com aproximadamente 800 mil ton, a cebola ficou na sexta posição com aproximadamente 500 mil ton, cenoura ficou em 12º, com quase 300 mil ton e o alho em 33º, com pouco mais de 100 mil tons”, explica Bitencourt.

Mesmo que estas culturas não ocupem do primeiro ao quinto lugar consecutivamente, o que faz com elas sejam os produtos mais comercializados é o valor. E, dessa forma, em preço, a batata é a principal com valor de R$2.5 bilhões, o tomate R$2.2 bilhões, o alho fica em quarto lugar com R$1,8 bilhão, a cebola em nono lugar com R$1,3 bilhão e a cenoura em 18 com R$500 milhões de reais.

Estamos em um país tropical e com diversificação de temperatura, chuvas e terra, e por isso, a sazonalidade de maior força e menor força são existentes no país. Além disso, temos produtos importantes que permanecem presentes no mercado interno por questões de preço, como é o caso do alho, que é comercializado em um nicho por preço, como é o caso do chinês. O que indifere para o alho brasileiro que mantém sua qualidade e ocupa um outro pedaço do mercado, tendo mais força a partir de agosto e sendo suplementado em janeiro pelo alho argentino. No caso da batata, as ocorrências de chuva e do calor do verão também prejudicam sua produção, dessa forma, mantém sua sazonalidade concentrada em abril, maio e junho, quando naturalmente ela tende a um preço maior. No segundo semestre com a chegada do outono e inverno, aumenta sua produção com destaque para o interior de SP e região mogiana mineira.

Ter alimentos sempre à mão e que privilegiam produtores de norte a sul não é tarefa simples, mas com o passar dos anos, a CEAGESP tem trabalhado com foco amplo para atender a demanda, mantendo a qualidade e ao mesmo tempo garantindo preços. “Diferente de frutas que conforme a quantidade diminui, o preço sobe, o mais interessante é isso, que apesar de ter oscilação de preço, de acordo com o que acontece na roça, o HF, pela estrutura que temos hoje, nossos atacadistas conseguem manter uma oferta similar durante o ano inteiro”, finaliza Bitencourt.

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Fonte: Alfapress Comunicações