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Em tempos de real, milho aumentou mais de 1.000%; o frango, pouco mais de 600%; e ovo, 350%!

10 fevereiro 2021

Entre a implantação do atual padrão monetário brasileiro, em julho de 1994, até janeiro passado, a inflação – neste caso, a calculada pela Fundação Getúlio Vargas através do IGP-DI – apresentou variação de 851%. Pois o milho (que há meses vem ultrapassando os índices acumulados de inflação) fechou o primeiro mês de 2021 com uma variação bem superior. Mais exatamente, de 1.028%. No bimestre junho/julho do ano passado, o milho apresentava relativa paridade de preços com o frango vivo, ou seja, comprava-se então, com idêntico volume de frangos de 1994, aproximadamente o mesmo volume de milho da época de implantação do real: perto de 4,5 toneladas de milho com uma tonelada de frango vivo. Mas a partir de agosto essa relação passou a sofrer quase contínua deterioração. Em janeiro passado, uma tonelada de frango vivo adquiriu não mais que 2,9 toneladas de milho, cerca de 35% a menos que em meados de 1994 e de 2020. Mas se, no período de vigência do real, o frango vivo chegou a janeiro apresentando variação de 615% – contra, ressalte-se, mais de 850% de inflação e perto de 1.030% no preço do milho – com o ovo a situação é ainda mais cruel. Porque o preço médio alcançado em janeiro passado representou variação de apenas 350%, pouco mais de um terço do aumento obtido pelo milho. Analisada a questão sob o ângulo do poder de compra do produtor de ovos, constata-se que em janeiro passado a relação de preços entre ovo e milho foi de um para um, ou seja, uma caixa de ovos (30 dúzias) permitiu adquirir uma saca de milho (60 kg). Pois esse volume é 150% menor que o de 1994. Então, por ocasião da implantação do real como padrão monetário brasileiro, uma caixa de ovos adquiria 2,5 sacas de milho. Fonte: AviSite