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ÍNDICE DE PREÇOS AO PRODUTOR VARIA 0,45%

6 novembro 2019

O acumulado no ano ficou em 2,94% e nos últimos 12 meses em -0,99%. Em setembro de 2019, das 24 atividades pesquisadas, 17 apresentaram alta de preços. Consulte o material de apoio do Índice de Preços ao Produtor (IPP) para mais informações.

As quatro maiores variações observadas em setembro de 2019 foram nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (-10,49%), refino de petróleo e produtos de álcool (3,64%), outros equipamentos de transporte (1,85%) e fumo (1,69%).

Já em termos de influência, os destaques foram nas indústrias extrativas (-0,56 p.p.), em refino de petróleo e produtos de álcool (0,36 p.p.), em alimentos (0,23 p.p.) e em outros produtos químicos (0,08 p.p.).

Em setembro de 2019, o acumulado no ano (setembro de 2019 contra dezembro de 2018) atingiu 2,94%, contra 2,48% em agosto de 2019. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: indústrias extrativas (16,68%), refino de petróleo e produtos de álcool (11,84%), papel e celulose (-9,35%) e farmacêutica (8,51%). Já os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,10 p.p.), indústrias extrativas (0,70 p.p.), alimentos (0,40 p.p.) e papel e celulose (-0,33 p.p.).

No acumulado em 12 meses (comparação entre setembro de 2019 e setembro de 2018), a variação de preços foi de -0.99%, contra 1,43% em agosto de 2019. As quatro maiores variações ocorreram em papel e celulose (-12,59%), outros produtos químicos (-10,38%), farmacêutica (9,31%) e calçados e artigos de couro (-6,95%).

Entre as grandes categorias econômicas, a variação de 0,45% na comparação entre setembro e agosto deste ano repercutiu da seguinte forma: 0,62% em bens de capital; 0,39% em bens intermediários; e 0,51% em bens de consumo (0,62% em bens de consumo duráveis e 0,48% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis). Já a influência foi: 0,05 p.p. de bens de capital, 0,21 p.p. de bens intermediários e 0,19 p.p. de bens de consumo (0,15 p.p. de bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,04 p.p. nos bens de consumo duráveis).

As variações acumuladas no ano das grandes categorias econômicas foram: 5,02% de bens de capital (com influência de 0,37 p.p.), 2,33% de bens intermediários (1,27 p.p.) e 3,42% de bens de consumo (1,30 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,21 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 1,09 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Em relação aos últimos 12 meses, as variações foram: bens de capital (4,98%), bens intermediários (-3.30%) e bens de consumo (1,71%).

A seguir os principais destaques:

Indústrias extrativas: em setembro deste ano, os preços do setor caíram na comparação com agosto (-10,49%). Com este comportamento dos preços no mês, o indicador acumulado no ano passou para 16,68%. Na comparação de 12 meses, houve variação positiva de 4,28%, em relação a setembro de 2018.

No resultado das indústrias extrativas e de transformação, em termos de influência, o setor teve destaque na variação mensal (0,56 p.p. negativos sobre 0,45%) e na acumulada no ano (0,70 p.p. sobre 2,94%). Conforme ocorrido no mês anterior, as variações observadas para as indústrias extrativas se destacaram entre as atividades pesquisadas. Tais variações derivaram sobretudo da oscilação dos preços dos minérios de ferro no mercado internacional.

Alimentos: em setembro, os preços da atividade variaram, em média, 1,06%, com o que, no acumulado no ano, a variação chegou a 1,76%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o nível atual é 1,02% superior. Além de ser a atividade com a maior contribuição entre todas as atividades (23,31%), o destaque dado ao setor se deveu ao fato de ter sido a terceira atividade de maior influência tanto na comparação setembro 2019/agosto 2019, 0,23 p.p., em 0,45%, quanto na entre setembro 2019 e dezembro de 2018, 0,40 p.p., em 2,94%.

Da variação de 1,06% observada na passagem de agosto para setembro, 0,97 p.p. foi a influência conjunta dos quatro produtos mais influentes, a saber: “óleo de soja em bruto, mesmo degomado”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “açúcar VHP (very high polarization)” e “carnes de bovinos congeladas”.

Papel e celulose: os preços do setor apresentaram uma variação de -1,64% frente a agosto de 2019, levando o acumulado no ano a um resultado de -9,35%. O acumulado em 12 meses ficou em -12,59%. Dentre os produtos que compõem a fabricação de papel e celulose, os que mais se destacaram, em termos de influência, na variação frente a agosto, foram “pastas químicas de madeira, à soda ou ao sulfato, exceto pastas para dissolução”, “papel para usos na escrita, impressão e outros fins gráficos: ofsete, bíblia, etc., não revestido”, “caixas de papelão, ondulado ou corrugado, impressas ou não”, e “papel higiênico”, com variações negativas. Estes quatro produtos totalizaram –1,50 p.p.

Refino de petróleo e produtos de álcool: depois de três meses consecutivos com variações mensais negativas, o resultado de setembro frente a agosto foi positivo em 3,64%. Vale observar que, entre junho e agosto, os preços haviam acumulado variação de -10,00%, o que agora com o acumulado entre junho e setembro foi de -6,73%. Mesmo assim, no acumulado no ano, o resultado foi de 11,84%, ou seja, com a chegada de setembro o acumulado voltou ao nível de junho, 11,23%, mas ainda menor do que era em maio, 19,91%. Seja como for, na comparação com igual mês de 2018, os preços mais recentes estavam em níveis menores (-4,52%).

A influência dos quatro produtos destacados – “óleo diesel”, o de maior peso no cálculo do setor (40,74%), “gasolina, exceto para aviação”, o segundo de maior peso (23,05%), “óleos combustíveis, exceto diesel” e “biodiesel” -, todos com variação positiva, foi de 3,88 p.p., em 3,64%.

Outros produtos químicos: na comparação setembro contra agosto, os preços do setor variaram, em média, 0,97%, sexto resultado positivo no ano. Apesar da maior quantidade de resultados positivos de preços no ano, a variação acumulada em 2019 foi de -3,24% (que sucede a de agosto, de -4,18%). No acumulado em 12 meses, pela terceira vez seguida o dado é negativo (-10,38%) e é o menor valor desde janeiro de 2017. Este resultado é compatível com o nível de importação crescente de produtos químicos.

Terceira maior contribuição no cálculo do índice (8,59%), o destaque do setor também se deu pelas seguintes razões: a quarta influência, na perspectiva da comparação setembro contra agosto (0,08 p.p., em 0,45%) e a segunda maior variação, em módulo, no acumulado em 12 meses (-10,38%). Com influência de 0,47 p.p. (em 0,97%), observa-se que, dos quatro produtos destacados na comparação setembro contra agosto, três apresentaram resultados positivos; são eles: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados” e “polipropileno (PP)”. O único produto que é destaque em termos de influência, porém com resultado negativo, é “herbicidas para uso na agricultura”.

Fonte: IBGE