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INTERNACIONAL: OMC REDUZ CRESCIMENTO DO COMÉRCIO GLOBAL PARA APENAS 1,2% EM 2019

4 outubro 2019

Volume – As novas projeções, publicadas nesta terça-feira (01/10) pela OMC, mostram um desmoronamento da expansão do comércio global de mercadorias em volume. A organização prevê agora crescimento de apenas 1,2% em 2019, comparado aos 2,6% estimados em abril deste ano e ao resultado de 3% em 2018.

Perspectivas – Para o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, as perspectivas para o comércio são desencorajadoras, mas não uma surpresa. “Bem além de seus efeitos diretos, os conflitos comerciais aumentam as incertezas que, por sua vez, levam empresários a retardar investimentos produtivos que são essenciais para elevar o nível de vida”, afirmou.

Menor expansão – O comércio segue a menor expansão da economia mundial, que pode crescer agora apenas 2,3%, pouco abaixo dos 2,6% estimados em abril.

Crescimento – A projeção para 2020 é de que o comércio mundial de mercadorias venha a crescer 2,7%, também inferior aos 3% projetados em abril. Isso leva em conta um crescimento do PIB mundial mantido em 2,3% – mas isso também dependerá de um abrandamento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, as maiores economias do mundo.

Alerta – A OMC alerta que as tensões comerciais continuam representando o maior risco. Choques macroeconômicos e volatilidade financeira também são gatilhos potenciais para uma desaceleração mais acentuada.

Trajetória – Indicadores relacionados ao comércio sinalizam trajetória inquietante para o comércio mundial, baseado nas demandas de exportações globais e na incerteza das políticas econômicas.

Redução geral – Conforme a entidade, no primeiro semestre de 2019, o crescimento das importações e exportações diminuiu em todas as regiões, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento.

Contração – Na América do Sul, Central e Caribe, as importações de mercadorias sofrerão contração de 0,7% em 2019 em volume, comparado a crescimento de 2,6% projetado em abril, indica a OMC.

Mesma direção – A enorme baixa das compras no exterior vai na direção de avaliação da Agência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), de que a América Latina é a região que sofre a maior desaceleração da atividade neste ano. A OMC aponta a Argentina e o Chile como os países que mais contribuem para a queda das importações da região.

Brasil – Já no Brasil, o volume de importações permaneceu positivo, com aumento de 2,6% no primeiro semestre, embora tenha sido mais fraco do que no ano anterior. Por seu lado, as exportações de mercadorias da América do Sul, Central e Caribe podem ter crescimento médio de 1,3% em volume neste ano, quase o dobro dos 0,7% estimados em abril.

Aumento – Para 2020, a OMC projeta crescimento das exportações da região em 0,7%, inferior à expansão de 1% prevista em abril.

2020 – No lado das importações, a entidade global aponta um ligeiro otimismo para 2020, com expectativa de aumento das importações pela América Latina em 4,8% – abaixo, porém, dos 5,8% estimados em abril.

Urgência – Em abril, Azevêdo, notava que, com tamanho nível de incerteza, o comércio não tem como desempenhar um papel de catalisador de crescimento. O diretor-geral da OMC continua a conclamar urgência para os países resolverem as tensões e estima que o mundo precisa se concentrar em verdadeiros desafios econômicos atuais – como a revolução tecnológica e o imperativo de criar novos empregos e impulsionar o desenvolvimento.

Fonte: Portal Paraná Cooperativo