Exportações globais de café crescem 1,2% em 2020/21, diz OIC

As exportações de café dos países membros e não-membros da Organização Internacional do Café (OIC) totalizaram 10,074 milhões de sacas de 60 quilos em setembro, décimo-segundo e último mês da safra mundial 2020/21, contra 10,591 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2020, (-5%). Já as exportações acumuladas da safra 2020/21 somaram 128,930 milhões de sacas, alta de 1,23% em relação a 2019/20, quando foram embarcadas 127,362 milhões de sacas. Conforme a OIC, o Brasil exportou 3,147 milhões de sacas em setembro, ante 4,232 milhões no mesmo mês de 2020, queda de 25%. Na no período 2020/21, o maior exportador mundial de café embarcou 43,042 milhões de sacas, ante 41,005 milhões em 2019/20, alta de 5%. Fonte: Agência SAFRAS

Preço da carne bovina sobe no país, mesmo com embargo chinês

Dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o país embarcou 82,2 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada no mês passado, volume 49,5% menor que o de outubro de 2020. Segundo a AgResource Brasil, esse é o menor volume de exportações desde junho de 2018. A receita dos embarques diminuiu 38,5%, para US$ 424,62 milhões. Hoje, o embargo chinês completa dois meses. As exportações estão paralisadas desde 4 de setembro, quando o Brasil confirmou dois casos atípicos da doença da “vaca louca”, em Mato Grosso e Minas Gerais. Mas, mesmo com a suspensão, a proteína está hoje mais cara no Brasil do que antes do início do embargo, tanto no atacado quanto no varejo. Levantamento da Scot Consultoria mostra que, na média que inclui cortes dianteiros e traseiros, os preços no atacado subiram 5,3% em São Paulo, a R$ 33,05 por quilo. No varejo paulista, o aumento foi de 2,7%, a R$ 44,04 por quilo. De acordo com a prévia da inflação (IPCA-15) de outubro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a carne estava recuando 0,31% no mês, o que seria a primeira queda desde maio de 2020. Porém, com a chegada do período de pagamento de salários, as cotações voltam a subir, reagindo ao aumento de demanda, afirma a analista Jéssica Olivier, da Scot. O IBGE divulgará o dado consolidado da inflação de outubro no dia 10. Mas as cotações estão em queda no início da cadeia, atingindo os pecuaristas diretamente. De acordo com a Scot, o preço do boi gordo acumula um recuo de 15,5% desde 4 de setembro, a R$ 258 por arroba, descontados os impostos, a prazo, na quarta-feira. Já o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/ USP) acumulou baixa de 15,9% até ontem, a R$ 256,65. Fonte: Scot Consultoria

Exportações do agronegócio devem fechar 2021 com receita recorde

As exportações do agronegócio brasileiro já somam mais de US$ 93,6 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2021, segundo dados do Ministério Agricultura Pecuária e Abastecimento. A projeção feita pelo especialista em Comércio Exterior, Sandro Marin, da Tek Trade, é que a receita das exportações do agronegócio no Brasil deve fechar o ano com valor recorde, ultrapassando em até 10% o ano passado, quando o acumulado fechou em US$ 100,7 bilhões. O complexo soja (em grãos, farelo e óleo) tem puxado os números para cima e acumula uma receita superior a R$ 41 bilhões, o que representa 44,15% de todos os produtos agropecuários exportados pelo Brasil este ano. Para a safra 2021/2022 a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um novo recorde na produção de soja, com 141,3 milhões de toneladas “O Brasil é o maior produtor e exportador de soja no mundo e com a safra recorde deveremos ultrapassar em até 10% as exportações do agronegócio de 2020. A elevação dos preços internacionais das commodities exportadas pelo Brasil também contribuem para a receita recorde”, explica o diretor da empresa Tek Trade e especialista em Comércio Exterior, Sandro Marin. Escoamento da produção é motivo de preocupação do setor Com o crescimento acelerado das exportações do agronegócio brasileiro, surge também a preocupação pela infraestrutura necessária para o escoamento da produção agrícola. A empresa Coamo, maior cooperativa agrícola da América Latina e uma das maiores empresas do Brasil, está investindo em um novo porto privado na cidade de Itapoá, Santa Catarina. O projeto é estimado em R$ 1 bilhão e a previsão é de inauguração em até cinco anos. “Há uma demanda reprimida no escoamento da produção agrícola e o novo porto de Itapoá vai contribuir para acelerar o processo de exportação, não só de Santa Catarina, mas como de outros estados”, avalia Marin. Fonte: Rotas Comunicação

Mudanças climáticas podem cortar 24% da produtividade do milho, diz pesquisa

As mudanças do clima provocadas pela atividade humana podem derrubar a produtividade do milho em 24% até o fim do século, de acordo com pesquisa divulgada na revista Nature por pesquisadores da Nasa e do Instituto Potsdam para Pesquisas sobre o Impacto Climático (PIK).

Em contrapartida, a produtividade do trigo pode aumentar 18% devido ao aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera e aos ganhos em latitudes mais elevadas.

As estimativas foram traçadas por modelos computacionais, que indicam condições climáticas mais acentuadas do que as projetadas anteriormente.

“Nós vemos que as novas condições climáticas vão empurrar as produtividades agrícolas para fora de sua variação normal em mais e mais regiões. As emissões de gases de efeito estufa provocadas por humanos vão trazer temperaturas mais altas, mudanças nos padrões de chuva e mais dióxido de carbono no ar. Isso afeta o crescimento das lavouras, e nós descobrimos que a emergência do sinal da mudança climática — o momento em que os anos extraordinários se tornam a norma — vai ocorrer na próxima década ou logo depois em muitas regiões-celeiro globalmente”, alertou o pesquisador-chefe do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, Jonas Jägermeyr.

Segundo ele, as projeções indicam que os produtores rurais terão que se adaptar mais rapidamente, por exemplo com mudanças de datas de plantio ou uso de novas variedades, além de buscar melhores produtividades em latitudes mais elevadas.

Impactos desiguais
Os impactos agrícolas também tendem a ser distribuídos desigualmente sobre o planeta. Segundo a pesquisa, as áreas produtoras de milho nas Américas do Norte e Central, no oeste da África, na Ásia Central e no Sudeste Asiático devem ter quedas de mais de 20% na produtividade do milho “nos próximos anos”. Já o rendimento agrícola do trigo pode aumentar em breve no norte dos Estados Unidos e no Canadá, além da China.

“Um efeito que os dados mostram claramente é que os países mais pobres provavelmente vão experimentar os declínios mais acentuados nas produtividades de suas culturas mais básicas. Isso exacerba as diferenças na segurança alimentar e riqueza”, disse Christoph Müller, coautor e pesquisador do PIK.

Na prática, os pequenos produtores dos países mais pobres não vão conseguir compensar a oferta menor de milho com a compra de mais trigo produzido nos países mais ricos por falta de acesso econômico aos mercados, o que pode ampliar a insegurança alimentar de um lado, enquanto os países ricos terão mais lucros pela frente, ressaltou o instituto alemão.

Mesmo a produção de trigo não está com futuro garantido. A ocorrência de extremos climáticos, como longas e fortes secas, pode acabar prejudicando a produtividade do cereal em algumas safras. Além disso, o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera pode reduzir o valor nutricional do trigo.

Fonte: AviSite

Da plantação à mesa: como funciona a cadeia de suprimentos do arroz?

O arroz está presente na alimentação da maioria dos brasileiros, principalmente por ser rico em nutrientes e ter um modo de preparo rápido – geralmente em apenas 20 minutos – e fácil. Entretanto, muitos esquecem da logística necessária para que o produto possa chegar à mesa de milhares de pessoas, em um ótimo estado de conservação e curto período de tempo. Tradicionalmente, o plantio do cereal começa nos meses de setembro e outubro, mas nos últimos anos – por consequência do clima e de outros fatores naturais –, em algumas situações esse período vem sendo adiado. A colheita, por sua vez, acontece sempre no ano seguinte, com início no final de fevereiro, se estendendo até o mês de abril. “Quando falamos de arroz, nos referimos a uma monosafra. Ou seja, uma única safra durante o ano”, explica o diretor de Operações da Fumacense Alimentos, Marcos Paulo Zavaneli. Dentre os estados com grande representatividade na produção de arroz, pode-se destacar o Rio Grande do Sul – que é o principal fornecedor da Fumacense Alimentos. A empresa também opta pelas produções de Santa Catarina – quando direcionado para o tipo parboilizado –, além de complementar com volumes menores vindos do Centro-Oeste. “Normalmente, a nossa matéria-prima vem sempre dos mesmos lugares, pois priorizamos produtos que tenham afinidade com a qualidade exigida pela Fumacense Alimentos. Nós estudamos os cultivares – que são os tipos disponíveis no mercado – e tentamos aproveitar as melhores ofertas e o melhor produto das regiões. O arroz é uma commoditie, por isso é necessário manter uma pesquisa constante nas características do produto e do preço”, aponta Zavaneli. Processos Para o arroz poder ser empacotado, ir para o supermercado, ser comprado e chegar às mesas de todo o brasil, o grão precisa passar por uma infinidade de processos, que se diferenciam de acordo com o tipo produzido. Na Fumacense Alimentos, logo que o produto chega ao parque industrial, uma análise é realizada para verificar se está tudo conforme o que foi adquirido. Ainda nesta fase, o arroz passa por uma pré-classificação, onde são verificados os defeitos – como grãos quebrados – e outros critérios que impactam na composição de custo. “A partir do momento que o produto passa pelo crivo de qualidade, ele é recebido e armazenado. Posteriormente, se iniciará o processo de beneficiamento, existindo dois caminhos distintos: o da parboilização e do arroz branco”, explica o diretor de Operações. Na parboilização, ocorre o encharcamento dos grãos com água quente, em um processo de autoclave, para que aconteça a gelatinização do cereal dentro da casca. Depois, com o resfriamento, o alimento volta à sua composição inicial. Neste momento, o arroz absorve os nutrientes que estavam presentes no farelo, aumentando o seu valor nutricional. Em seguida, o arroz entra no processo de beneficiamento, quando passa pelo brunimento, polimentos e demais fases para a retirada de quebrados e defeitos. A última etapa, antes do empacotamento, é o processo de classificação e seleção eletrônica, onde qualquer grão com defeito que tenha permanecido é retirado da linha de produção, auxiliando na entrega de um produto 100% beneficiado para o consumidor. “Todo o processo dura em torno de oito horas, tirando o tempo de armazenamento. E todo passo é extremamente importante e precisa ser respeitado, para que seja possível garantir a qualidade do produto”, argumenta Zavaneli. Já o arroz branco pula a etapa de encharcamento e autoclave e vai direto para o beneficiamento, onde é polido em uma intensidade maior, até atingir o nível de brancura que o consumidor está acostumado. Por fim, o arroz integral – como o próprio nome já diz – vai para a embalagem em sua forma mais natural possível. Desta maneira, tem apenas a sua casca retirada, passa pelo processo de seleção e chega ao empacotamento. Por não receber o beneficiamento, como os outros tipos de arroz, é um grão mais sensível por ainda estar recoberto pelo farelo. Tecnologia A seleção eletrônica adotada pela empresa agilizou o processo de produção e garantiu mais qualidade para os produtos. Moderno, o maquinário conta com uma fotocélula que retira – com um jato de ar comprimido – qualquer grão que tenha uma cor diferente da que está programada. Dessa forma, em uma velocidade alucinante, só permite a passagem daqueles grãos que atendam aos critérios determinados. Nas estradas, para os supermercados A Fumacense Alimentos sempre atua com um estoque pulmão, que gera certa agilidade no momento da entrega. Após a prospecção junto ao cliente, os pedidos são recepcionados e analisados, de acordo com as normas e políticas adotadas pela empresa. Após a liberação, ocorre o faturamento e, finalmente, a entrega. Dependendo do destino, existe um lead-time determinado. Para clientes de Santa Catarina, por exemplo, o recebimento do pedido será em – no máximo – 72 horas, enquanto para compradores da Região Norte do Brasil o prazo é de 25 dias. “Todos os nossos produtos recebem um tratamento prévio e posterior, para que não se tenha incidência de pragas, problemas com a integridade da embalagem, umidade e uma série de outros fatores que possam afetar a qualidade final do arroz que entregamos ao consumidor”, finaliza o diretor de Operações. Fonte: Imprensa Mondigital

Volume de carga movimentada em contêineres aumenta 13% no Porto de Paranaguá

“Temos aqui no Porto de Paranaguá um terminal de contêineres que registra aumentos consecutivos, mês a mês”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Segundo o executivo, apesar das operações de contêineres serem privadas, a empresa pública atua alinhada com o objetivo de trazer mais cargas e investimentos à cidade e ao Porto de Paranaguá. “Esse trabalho conjunto faz com que os resultados sejam garantidos nos números que se apresentam”, completa. A Portos do Paraná dá ao terminal todas as condições – seja na coordenação das operações, seja na infraestrutura, principalmente marítima, com a dragagem de manutenção permanente e a obra de derrocagem – para que tenham segurança em prospectar. “O aumento consecutivo no número de cargas movimentadas pelo terminal de contêineres mostra o protagonismo de Paranaguá no comércio exterior e é um reflexo do trabalho feito em conjunto entre a TCP e as autoridades portuárias para garantir a confiabilidade no embarque e desembarque, a disponibilidade de janelas de atracação e alta produtividade”, ressalta Thomas Lima, diretor Institucional e Comercial da TCP, que opera o terminal. NÚMEROS Segundo o balanço até setembro, no sentido exportação foram 4.741.624 toneladas de carga movimentadas em contêineres. Na importação foram 3.999.533 toneladas. A carne de aves congeladas representam 36% de todo o volume de carga exportada em contêineres pelo Porto de Paranaguá. Também se destacam os volumes de madeira (709.137 toneladas, 17% do total), celulose (266.676 toneladas, 7%) e papel (234.937 toneladas, 6%). Nas importações de cargas conteinerizadas, os fertilizantes respondem por 11% do total, com 345.642 toneladas, seguidos por plástico (266.493 toneladas, 9% do total), outros produtos químicos orgânicos (170.279 toneladas, 6%) e equipamentos elétricos (140.391 toneladas, 5%). Fonte: APPA – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONIN

Altas explosivas do hidratado serão comuns na medida do risco no abastecimento

Mas com a safra praticamente concluída, e sem produção alguma até 1º de abril de 2022 – embora algumas unidades comecem as operações em março – o enxugamento dos estoques vai determinar altas mais significativas ainda. E já se viu na semana de 25 a 29. Na indústria, o hidratado subiu 7,85%, mais que dobrando sobre o período imediatamente anterior. Nas distribuidoras, também segundo o Cepea, os reajustes foram todos acima de 15%, com exceção da segunda (13%). Anteontem passou a 17,28%. Diante do risco de faltar biocombustível, considerando que há uma frota velha que só roda no álcool e, ainda, proprietários de carros flex que insistem em um mix de abastecimento mesmo com a perda de competitividade, os valores tendem a subir em escala cada vez mais considerável daqui para frente. Martinho Ono, cuja trading SCA é especializada em etanóis, avaliou para Money Times, há dias, que os estoques que serão carregados poderiam ser da ordem de 1,3 bilhão de litros para cinco meses. A Unica, também aqui, apontou em 18 dias de consumo mensal o nível de estoques mantidos nas empresas produtoras. E ainda afirmou que o mercado conta com os 250 milhões/l de etanol de milho para poder ajudar. Inclusive, fez menção à necessidade de cobertura com importações. Mas os números de produção e vendas da primeira quinzena de outubro mostram que o cenário é precário. A produção de hidratado recuou 50,68%, para 647 milhões de litros, e as venda foram a 575 milhões/l, menos 34%. O anidro ganhou prioridade na produção, na medida que o hidratado perdeu competividade expressiva e a gasolina recuperou consumo, mesmo com preços altos. A safra, de fim antecipado, moeu 19,69 milhões de toneladas, menos 46,77% na comparação anual, alcançando o acumulado de 487,33 milhões/t ante 538,86. Segundo cálculos do setor, nesta quinzena corrente do mês e talvez nos primeiros de novembro, as poucas unidades que ainda estão trabalhando devem processar o resto de cana que falta, em torno de 20 milhões/t. No ciclo anterior, a produção foi de 605 milhões/t no Centro-Sul. Fonte: Money Times

Da plantação à mesa: como funciona a cadeia de suprimentos do arroz?

O arroz está presente na alimentação da maioria dos brasileiros, principalmente por ser rico em nutrientes e ter um modo de preparo rápido – geralmente em apenas 20 minutos – e fácil. Entretanto, muitos esquecem da logística necessária para que o produto possa chegar à mesa de milhares de pessoas, em um ótimo estado de conservação e curto período de tempo.

Tradicionalmente, o plantio do cereal começa nos meses de setembro e outubro, mas nos últimos anos – por consequência do clima e de outros fatores naturais –, em algumas situações esse período vem sendo adiado. A colheita, por sua vez, acontece sempre no ano seguinte, com início no final de fevereiro, se estendendo até o mês de abril. “Quando falamos de arroz, nos referimos a uma monosafra. Ou seja, uma única safra durante o ano”, explica o diretor de Operações da Fumacense Alimentos, Marcos Paulo Zavaneli.

Dentre os estados com grande representatividade na produção de arroz, pode-se destacar o Rio Grande do Sul – que é o principal fornecedor da Fumacense Alimentos. A empresa também opta pelas produções de Santa Catarina – quando direcionado para o tipo parboilizado –, além de complementar com volumes menores vindos do Centro-Oeste.

“Normalmente, a nossa matéria-prima vem sempre dos mesmos lugares, pois priorizamos produtos que tenham afinidade com a qualidade exigida pela Fumacense Alimentos. Nós estudamos os cultivares – que são os tipos disponíveis no mercado – e tentamos aproveitar as melhores ofertas e o melhor produto das regiões. O arroz é uma commoditie, por isso é necessário manter uma pesquisa constante nas características do produto e do preço”, aponta Zavaneli.

Processos
Para o arroz poder ser empacotado, ir para o supermercado, ser comprado e chegar às mesas de todo o brasil, o grão precisa passar por uma infinidade de processos, que se diferenciam de acordo com o tipo produzido. Na Fumacense Alimentos, logo que o produto chega ao parque industrial, uma análise é realizada para verificar se está tudo conforme o que foi adquirido.

Ainda nesta fase, o arroz passa por uma pré-classificação, onde são verificados os defeitos – como grãos quebrados – e outros critérios que impactam na composição de custo. “A partir do momento que o produto passa pelo crivo de qualidade, ele é recebido e armazenado. Posteriormente, se iniciará o processo de beneficiamento, existindo dois caminhos distintos: o da parboilização e do arroz branco”, explica o diretor de Operações.

Na parboilização, ocorre o encharcamento dos grãos com água quente, em um processo de autoclave, para que aconteça a gelatinização do cereal dentro da casca. Depois, com o resfriamento, o alimento volta à sua composição inicial. Neste momento, o arroz absorve os nutrientes que estavam presentes no farelo, aumentando o seu valor nutricional.

Em seguida, o arroz entra no processo de beneficiamento, quando passa pelo brunimento, polimentos e demais fases para a retirada de quebrados e defeitos. A última etapa, antes do empacotamento, é o processo de classificação e seleção eletrônica, onde qualquer grão com defeito que tenha permanecido é retirado da linha de produção, auxiliando na entrega de um produto 100% beneficiado para o consumidor.

“Todo o processo dura em torno de oito horas, tirando o tempo de armazenamento. E todo passo é extremamente importante e precisa ser respeitado, para que seja possível garantir a qualidade do produto”, argumenta Zavaneli.

Já o arroz branco pula a etapa de encharcamento e autoclave e vai direto para o beneficiamento, onde é polido em uma intensidade maior, até atingir o nível de brancura que o consumidor está acostumado.

Por fim, o arroz integral – como o próprio nome já diz – vai para a embalagem em sua forma mais natural possível. Desta maneira, tem apenas a sua casca retirada, passa pelo processo de seleção e chega ao empacotamento. Por não receber o beneficiamento, como os outros tipos de arroz, é um grão mais sensível por ainda estar recoberto pelo farelo.

Tecnologia
A seleção eletrônica adotada pela empresa agilizou o processo de produção e garantiu mais qualidade para os produtos. Moderno, o maquinário conta com uma fotocélula que retira – com um jato de ar comprimido – qualquer grão que tenha uma cor diferente da que está programada. Dessa forma, em uma velocidade alucinante, só permite a passagem daqueles grãos que atendam aos critérios determinados.

Nas estradas, para os supermercados
A Fumacense Alimentos sempre atua com um estoque pulmão, que gera certa agilidade no momento da entrega. Após a prospecção junto ao cliente, os pedidos são recepcionados e analisados, de acordo com as normas e políticas adotadas pela empresa. Após a liberação, ocorre o faturamento e, finalmente, a entrega.

Dependendo do destino, existe um lead-time determinado. Para clientes de Santa Catarina, por exemplo, o recebimento do pedido será em – no máximo – 72 horas, enquanto para compradores da Região Norte do Brasil o prazo é de 25 dias.

“Todos os nossos produtos recebem um tratamento prévio e posterior, para que não se tenha incidência de pragas, problemas com a integridade da embalagem, umidade e uma série de outros fatores que possam afetar a qualidade final do arroz que entregamos ao consumidor”, finaliza o diretor de Operações.

Fonte: Imprensa Mondigital

Fazendas de Mato Grosso, Rondônia e Pará formam região com maior produção de soja certificada RTRS do Brasil

No Brasil, a maior região produtora de soja sustentável está formada pelos Estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará. Esta região possui 89 propriedades com o selo RTRS, com capacidade produtiva estimada em 1,7 milhão de toneladas do grão, que se destacam pela consolidação no mercado, longos anos de atuação e tetos produtivos muito expressivos.

Outra vantagem da região é a facilidade no escoamento da produção para a Europa, maior comprador do grão certificado RTRS e seus derivados como farelo e óleo de soja. “Hoje, a exportação rastreada para a Europa é feita principalmente pelos portos do Norte do país como Manaus, Itacoatiara, Santarém e Belém. Ou seja, todo o arco Norte beneficia a logística para países europeus e facilita a originação para as empresas compradoras que buscam por esta certificação”, explica Cid Sanches, consultor externo da RTRS no Brasil.

No campo, conscientes desta realidade, os agricultores adotam estratégias que potencializam a produção a cada ano, como é o caso na GGF, em Mato Grosso. Com área cultivada de 7 mil hectares de soja certificada RTRS, o grão não é mais visto apenas como commodity, segundo Paulo Motta, gerente de Recursos Humanos e Sustentabilidade da empresa. “Com a certificação conseguimos atingir novos mercados. A transparência da RTRS junto a rastreabilidade, abriu portas na Europa e o selo agregou valor ao preço da nossa soja”, comemora.

A GGF é uma empresa produtora de soja e milho, que há trinta anos tem seus negócios administrados em ambiente corporativo com foco em boas práticas, desenvolvimento tecnológico, responsabilidade social e ambiental. Pilares que ganharam ainda mais visibilidade após a certificação RTRS que acontece desde 2019. “Há muito tempo a GGF busca adequação das práticas e procedimentos nas unidades de produção e adequação à legislação ambiental. O processo de certificação junto à RTRS apesar de desafiador e levar a conformidade socioambiental a outro patamar, teve seus requisitos atendidos com satisfação, visto a constante busca e preocupação da GGF em atender os critérios socioambientais”, explica a Supervisora de Meio Ambiente da GGF, Fernanda Frasson.

A Fazenda Lagoa Dourada, do produtor Raul Santos Costa Neto, também em Mato Grosso, tem 1.500 hectares e produz 6.300 toneladas de soja com o selo RTRS conquistado em 2020. Raul conta que o processo de certificação foi tranquilo e que o engajamento dos colaboradores foi fundamental para que o processo de certificação acontecesse da melhor forma possível. “Sempre tive consciência de que o trabalho desenvolvido dentro da propriedade atende a todos os requisitos para qualquer certificação, por isso quando solicitei a auditoria RTRS enxergava com naturalidade a certificação”. Para o produtor, a certificação é uma forma de comprovar que sua fazenda produz soja de forma sustentável. “Essa é uma tendência crescente no mundo atual, onde a preocupação com o meio ambiente e a qualidade dos alimentos está em discussão nos quatro cantos do mundo. Por isso, o peso do selo RTRS é grande”, finaliza.

Filho e neto de pequenos agricultores, o sojicultor Romeu José Ciochetta, do Grupo Morena, em Mato Grosso, cultiva numa área com certificação RTRS de 9.500 hectares, com volume produtivo de 40 mil toneladas. Para ele, o processo de certificação, concluído em 2012, sempre foi visto com otimismo. “É uma oportunidade de melhoria na gestão da empresa como um todo, então é necessário que se faça com calma e cuidado pensando em todos os setores da corporação e também da cadeia. Nosso principal objetivo foi a melhoria contínua do nosso negócio, e também para termos um balizador de como estávamos diante de outros produtores e das exigências do mercado”, explica Ciochetta.

Segundo o agricultor, o selo RTRS no Grupo Morena teve impacto positivo no engajamento dos colaboradores, melhor gestão dos indicadores da atividade, redução de riscos de todas as naturezas e consequentemente melhor qualidade de vida para todos. “O RTRS nos fez visualizar melhorias necessárias e mudar maneiras e métodos de desenvolver nossa atividade. Além do retorno financeiro, da credibilidade e do alcance de mercados, melhoramos internamente em nossos processos”, reconhece.

Para Paulo Motta, da GGF, o agricultor brasileiro é responsável e cuida muito bem da sua área de produção. Porém, ressalta que para ser reconhecido no mercado, especialmente internacional, é preciso dar destaque ao que se faz da porteira para dentro. “Mostrar o que faço traz ganhos para o meu produto. O consumidor precisa saber que além de cumprir as leis trabalhistas e ambientais, que produzimos valorizando as pessoas, que produzimos cuidando das nossas áreas de preservação e recursos hídricos, que produzimos usando cada vez mais tecnologia, processos e rastreabilidade para aumentar nossa produção utilizando menos recursos naturais”, aconselha.

O cenário favorável da região para atender à demanda do grão certificado no mercado externo e os resultados alcançados nas fazendas com a adoção do selo RTRS, demonstram que a sustentabilidade com alta produtividade é uma realidade entre estados do Mato Grosso, Rondônia e Pará. Desta forma, a região segue como líder de produção nacional da soja responsável, enquanto as vantagens do selo ultrapassam as fronteiras.

Fonte: RTRS – Round Table on Responsible Soy Association

 

Em movimento atípico, preços do trigo sobem 9% no Brasil em outubro

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, é um movimento atípico, especialmente em anos de safra recorde como o atual. “As cotações desse cereal são formadas sobre um tripé de fatores: produção nacional, preços internacionais e câmbio. São os dois últimos que vêm garantindo a atual firmeza dos preços”, ressaltou. Nas Bolsas norte-americanas de Chicago (trigo soft) e Kansas (hard) os ganhos mensais acumulados estão próximos a 6% e 3%, respectivamente. A moeda norte-americana valorizou mais de 3% sobre a brasileira. Na argentina, as cotações, mesmo sem elevações recentes, seguiram firmes. “A combinação de preços internacionais e câmbio em alta encarece a aquisição de trigo estrangeiro e permite aos produtores nacionais elevarem suas pedias. O fato desses agentes estarem capitalizados pela venda da safra de verão reduz sua necessidade de venda imediata para fazer caixa e permite que se coloquem numa posição defensiva”, disse. Conab A colheita de trigo avançou para 61,4% da área estimada para a temporada 2021/22 do Brasil, conforme levantamento semanal da Companhia Nacional de Abasteci0mento (Conab), com dados recolhidos até 24 de outubro. Na semana anterior, a ceifa estava em 38,3%, Em igual período do ano passado, o número era de 45,9%. Paraná O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que a colheita da safra 2020/21 atinge 82% da área estimada de 1,213 milhão de hectares, contra 1,136 milhão de hectares em 2019, alta de 7%. No dia 19 de outubro de 2020, 84% da área já havia sido colhida. A safra 2021 de trigo do Paraná deve registrar uma produção de 3,239 milhões de toneladas, 2% acima das 3,190 milhões de toneladas colhidas na temporada 2020. Em setembro, o Deral projetava 3,721 milhões de toneladas. Rio Grande do Sul A colheita do trigo atinge 28% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, eram 9%. Em igual momento do ano passado, os trabalhos atingiam 60%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 44%. O predomínio de clima seco na semana que passou no estado, propiciou o avanço dos trabalhos. Metade dos cultivos está em maturação. Argentina A colheita do trigo atinge 6,7% da área na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a área plantada é de 6,6 milhões de hectares. A área apta para colheita fica em 6,546 milhões de hectares. Em números absolutos, a ceifa atinge 437,728 mil hectares e acumula 452,828 mil toneladas. Os trabalhos estão 0,6 ponto percentual adiantados na comparação com o ano passado. A expectativa de produção foi elevada de 19,2 para 19,8 milhões de toneladas. Fonte: Agência SAFRAS